Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
25 de Abril de 2024

Sindicalismo ou peleguismo?

Sindicatos contrários ao fim da contribuição sindical e o temor de Lula.

Publicado por Ric
há 7 anos

Sindicalismo ou peleguismo

Vamos primeiro ao dicionário:

sindicalismo: substantivo masculino

  • movimento que tem por objeto congregar associações de trabalhadores com o fim de estudar e de defender seus interesses.
  • doutrina que pretende fazer da associação profissional do sindicato o fundamento da organização econômica e social.

Teoria das doutrinas sobre sindicatos –

“Segundo o filósofo Jean Jacques Rousseau, na obra O Contrato Social, em estado primitivo, os homens, não possuindo mais condições de subsistirem por seus próprios meios, realizaram um pacto social objetivando a conservação da espécie.”

Assim, se buscado Rousseau, seria a vontade individual, tornando-se a vontade comum de encontro às forças de Governo, de Estados, não reprimindo a vontade individual. Não busca tolher a liberdade individual, mas sim associar todos em torno de uma máxima comum. Seria então o objetivo de vigiar e de limitar as ações do governo que possam ferir o coletivo, em tese o povo.


peleguismo: substantivo masculino

  • ato, dito ou procedimento próprio de pelego (‘agente’, ‘capacho’).
  • [Popular] ato, dito ou procedimento próprio de pelego
  • Denominação dada a membros de sindicatos que agiam sob inspiração do Ministério do Trabalho ou de políticos ditos trabalhistas. [Figurado] Pessoa servil, dominada por outra; capacho

Infopédia.

O peleguismo nasceu no Brasil durante o Estado Novo (1930-1945) como parte da política nacionalista de Getúlio Vargas. O termo deriva de “pelega”, o líder sindical que mediava entre os interesses do estado e as reivindicações dos operários. *

O Estado Novo desenvolveu uma política de modernização. Para tanto incentivara a produção industrial e fomentara as exportações. As dificuldades em desenvolver este plano advinham de uma massa proletarizada e dos sindicatos que reivindicavam direitos de classe. A desestabilizar a situação acrescia a atuação dos anarquistas no país.

A solução encontrada foi a criação da figura do pelega. Este tinha por missão apresentar as medidas governamentais aos operários de um modo convincente.

Para tanto invocava os interesses da nação. Em suma, o sentimento nacionalista tinha primazia sobre os interesses dos operários. Deste modo conseguia-se a paz social com a conivência da classe operária.


Sindicalismo ou peleguismo


O governo do presidente Temer está buscando, segundo os gabinetes políticos, a influência do resultado negativo do “desgoverno Dilma”, e que segundo sua equipe econômica se não houver a aprovação da “Reforma Trabalhista” e da “Reforma Previdenciária”.

Foi aprovada na Câmara dos Deputados a Reforma Trabalhista, com pontos confuso, pontos polêmicos e um ponto crucial: o fim da contribuição sindical.

Claro está que o “petista mais honesto do mundo” o septuagenário Lula, réu, rico em denúncias por diversos crimes, e desta maneira tendo ameaçada a sua liberdade, busca de todas as formas possíveis e inimagináveis se manter elegível, se possível para presidente da república, e que retorne a comandar o governo, se possível ressurgir o “ status quo ante” ou seja, a farra do petrolão, por exemplo.

Ninguém pode negar a habilidade de manipulação do “povão” desse articulador e que se aliados a Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); José Rainha Junior do MST; e demais centrais sindicais. Fazendo uso dessa sua faculdade está conseguindo agregar em torno do MOTIVO MAIOR, dos sindicatos contra a reforma é o fim da obrigatoriedade da famigerada contribuição sindical obrigatória, nefasta, que torna os sindicatos inúteis e simples plataformas políticas.

Conforme O Globo:

“Atualmente, o pagamento da contribuição sindical é obrigatório e vale tanto para os empregados sindicalizados quanto para aqueles que não são associados às entidades de classe. Uma vez ao ano, é descontado o equivalente a um dia de salário do trabalhador. Com a proposta, a contribuição deixaria de ser obrigatória. “Essa questão, que talvez seja a mais sensível, que é a da contribuição sindical, ela acaba por trazer exatamente esse clima de muita tensão com relação à votação”, disse o líder do governo.”

Parece que conseguiram juntar os interesses escusos dos sindicalistas e do ex presidente com maior número de indiciamentos da história do Brasil, parece que desta vez estão usando de argumentos que está deixando a população à mercê de sua própria sorte, não conseguindo retornar do trabalho ou ir ao trabalho.

Em dias de desemprego que chega a mais de 12mi; muitos não desejam ser obrigados a não poder chegar ao trabalho. Os “pelegos” se dão ao direito de queimar pneus, interditar vias principais, terminais de ônibus, parada de metrô e de trens, portanto OBRIGANDO os trabalhadores a participar da pretensa greve, da inóspita greve.

Será que mais uma vez essa “união desonesta de forças” conseguirá convencer o povo que o governo de Temer, embora com criticas e dificuldades, está procurando melhorar o estado de coisas, está procurando sair da calamidade “construída na era do governo do PT”?

Caos para o embarque em ônibus:

Sindicalismo ou peleguismo

Caos para o embarque de trens.

Sindicalismo ou peleguismo

Esta é a imagem de um povo que não sabe, pelo voto, buscar um governo que o represente.

  • Sobre o autorAcadêmico
  • Publicações66
  • Seguidores109
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações3244
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/sindicalismo-ou-peleguismo/452857102

Informações relacionadas

Prescrição trabalhista: regras gerais e prescrição intercorrente

VALTER DOS  SANTOS, Professor de Direito do Ensino Superior
Artigoshá 5 anos

A ilegalidade da Cobrança de dívidas prescritas (caduca depois de 5 anos e não pode mais ficar no SPC/Serasa)

Greve em Conformidade com a CLT

História: A criação da CLT

Petição inicial - Novo CPC (Lei nº 13.105/15)

5 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Basta ver bandeiras de sindicatos e de centrais em manifestações pró Lula ... enquanto isso muitos trabalhadores sindicalizados mal são assistidos.

Dizem que não têm dinheiro, mas pagam caravanas para ver o petista.

Sindicatos costumam ser presididos por filiados a partidos políticos. Viram cabos eleitorais e tratam com desdém seus filiados menores. continuar lendo

É um pensamento, digamos, obrigatório de quem não está ganhando com este estado de coisas.

Abçs. continuar lendo

O que ocorreu ontem no Brasil não foi greve, foi violação de direitos orquestrada por marginais.

E a violência começou muito antes do dia 28, pois desde o início da semana as pessoas foram ameaçadas, intimidadas.

Muita, mas muita gente mesmo, a maioria esmagadora dos trabalhadores de verdade, tinha vontade de trabalhar na sexta-feira e tentou fazer isso, mas teve esse direito esmagado pela marginalidade institucionalizada. continuar lendo

Concordo.

Foi um ato orquestrado para que um político se sobressaia como vítima e a "ofensa" aos Sindicatos, que se realmente aprovado como está, deixariam de faturar uma grande quantia sem ter que fazer nada para isso acontecer.

Para que os sindicados tenham representatividade, as contribuições deveriam ser por opção, livre, daquele que entender que o sindicato do represente.

Abçs. continuar lendo

A contribuição sindical obrigatória (imposto sindical) é um câncer que precisa ser extinto de nosso sistema sindical. Ora, da forma como é atualmente, quanto menos sindicalizados, melhor, pois o sindicato recebe esse valor independentemente dos serviços que presta a seus filiados. Boa parte vai para Federações e Confederações onde ex sindicalistas se perpetuam nos cargos, visto que os estatutos dificultam sobremaneira a renovação. A contribuição sindical deveria ser opcional, assim os sindicatos se veriam na obrigação de prestar um bom serviço a seus sindicalizados. Pago mensalmente a contribuição voluntária (mensalidade sindical) ao meu sindicato porque acredito neles, no serviço que prestam, mantendo-se sempre a favor dos empregados, como deve ser. Imagino, por exemplo, quanto deve ser a contribuição obrigatória devida a um sindicato como o dos comerciários de uma metrópole do tamanho de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, etc. Será que isso se traduz em bons serviços aos representados, cada vez mais distantes de seus sindicalistas? É urgente uma reforma de nosso modelo sindical, talvez não da forma como está sendo pensada, mas precisamos pagar por um serviço eficaz. Talvez o modelo alemão seja uma alternativa que possa ser adaptada à nossa realidade. continuar lendo