As campanhas precisam ser barateadas, diz Ministro Barroso

Palavras do Ministro do (STF) Supremo Tribunal Federal – Luís Roberto Barroso:

Fonte: ESTADÃO –

“Um dos maiores especialistas em reforma política do País, o ministro do STF Luís Roberto Barroso tem acompanhado o debate sobre a proposta no Congresso. Ele reforça o coro contra a aprovação de um fundo público de financiamento eleitoral com um custo de R$ 3,6 bilhões. “Em lugar do financiamento, é preciso pensar no barateamento das eleições”, disse à Coluna. Barroso acha que devem acabar as “superproduções de televisão” nos programas eleitorais. Para ele, o ideal seria ser “só o candidato, uma câmera e as ideias que tiver”.

A comissão especial da reforma política pode concluir hoje a votação da proposta, que não ataca os gastos com marqueteiros.

A maior polêmica continua sendo o distritão, que elege o mais votado, desconsiderando votos na legenda. “Se passar, o próximo governo terá que negociar com 513 partidos”, adverte o presidente do PPS, Roberto Freire.“

Parece que os Deputados/Senadores são os únicos a buscar tirar do povo os enormes valores destinados às campanha eleitorais. Há um consenso que se não for dessa maneira não haverá como financiar as próximas eleições.

Não deixa de ser uma confissão indireta de que o “Caixa 2” era o complemente necessário e eficaz para que se realizassem as campanhas eleitorais até a Lava Jato dar um banho de água fria em tanta falcatrua existente no meio político.

Nunca foi preocupação dos “eleitos/candidatos” sobre o rombo que faziam no orçamento público, pois uma empresa que funciona normalmente em função de seu faturamento real não tem condições de custear tantos e tantos milhões utilizados/gastos/embolsados nas campanhas.

Em um trecho da fala do Ministro Barroso, ele se refere ao fato de que os candidatos deveriam gravar seus próprios textos, “ele e a câmera”, sem o auxílio de marqueteiros que se dispões a “dourar a pílula”, no caso o candidato, muitos sem condições nem mesmo de ler o que lhes foi escrito.

Pela “Cidadã” (Constituição de 1.988) o candidato não pode ser analfabeto, porém, não regula exatamente o que é analfabeto. Em regras gerais é que consiga grafar o seu próprio nome, e talvez alguma coisa mais. Porém para ser um Deputado, um Senador o Presidente da República não pode ter como critério de “não ser analfabeto” algo tão simplório.

Outro ponto a ser considerado é a nomeação de Deputados e Senadores para outros cargos no governo, deixando os postos para os quais foram eleitos, assumindo o seu posto um “suplente”. É uma afronta aos votos que o elegeram para um determinado posto, inclusive de citados pela justiça.

A grande verdade é que a pretensa reforma política esta buscando manter no poder aqueles que não seriam reeleitos de outra maneira. Nada a ver com melhorar a política, com diminuir a níveis aceitáveis a corrupção, nada a ver com melhorar o resultado de uma eleição para o povo em geral.

Estão se unindo buscando mais favores e mais poder, ameaçando o “frágil” presidente em exercício, um verdadeiro estelionato político, e enviando a conta para a população pagar perenemente.

Os políticos continuam sendo medíocres na proporção de sua evidência política.

Fonte: DireitusNet